O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) está relacionado com alterações precoces de desenvolvimento e atingem cerca de 5% a 8% da população mundial, segundo dados da Associação Brasileira do Déficit de Atenção – ABDA. Estima-se que 70% das crianças com o transtorno apresentam outra comorbidade e pelo menos 10% apresentam três ou mais comorbidades.
O TDAH se caracteriza por desatenção, hiperatividade e impulsividade. Essas características podem ser apresentadas por qualquer indivíduo e em qualquer momento da vida, mas os primeiros sintomas geralmente são identificados entre crianças e adolescentes. “ Os responsáveis devem observar os sinais de alerta e procurar ajuda profissional quando se tornam recorrentes ou trazem algum prejuízo nas atividades diárias”, ressalta o Terapeuta Ocupacional, Rafael Morais.
“É claro que terão momentos em que essas características irão se sobressair, e isso não quer dizer que seja algo patológico, mas é necessário estar atento quanto à intensidade desses sintomas”, explica o especialista.
Segundo Rafael, a Terapia Ocupacional trabalha na integração de atividades do dia-a-dia que satisfazem as necessidades sensoriais da criança e reduzem o excesso ou a falta de estímulo. “A terapia ocupacional ajuda a criança a responder de forma adequada à luz, ao som, ao toque, aos cheiros e demais informações do ambiente em que ela está inserida”, destaca.
Na Terapia Ocupacional são utilizadas atividades recreativas e lúdicas para estimular a criança a utilizar habilidades artísticas e corporais. O objetivo é possibilitar a integração corpo, atenção e memória. “Técnicas de pinturas, jogos diversos, contação de histórias, quebra-cabeças, entre outras atividades de interesse da criança, são utilizados no intuito de valorizar a criatividade, a experimentação, a convivência e criação de vínculos.”
O TDAH pode dificultar a habilidade de criar e executar o planejamento de uma atividade, terminar tarefas em ordem, completar tarefas dentro do prazo ou saber calcular o tempo certo a ser dedicado a uma atividade. “Dessa, forma a terapia ocupacional pode melhorar o processamento de tempo e as habilidades de gerenciamento de tempo na vida diária”, finaliza Morais.
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