As disfunções sensoriais se caracterizam pela dificuldade de processar ou filtrar informações sensoriais, resultando em sintomas desconfortantes e até mesmo dolorosos, e podem afetar significativamente o desenvolvimento global infantil se não identificadas e tratadas precocemente. Garantir o suporte necessário, assim como seu bem-estar, promoverá uma maior qualidade de vida para as crianças.
Os sintomas se apresentam de duas formas: através de uma Hipersensibilidade (indivíduos excessivamente reativos) e Hipossensibilidade (pouco reativos a estímulos sensoriais). Além disso, crianças com esse diagnóstico possuem dificuldade de concentração, irritabilidade, ansiedade, dificuldade em se adaptar a ambientes com estímulos sensoriais intensos, problemas de sono e de interação social e atividades de lazer, o que afeta significativamente em atividades da vida diária.
Para o terapeuta ocupacional Rafael Morais, à medida que as crianças crescem, podem surgir sintomas adicionais. “Por exemplo a falta de resposta aos estímulos sensoriais, dificuldades na coordenação motora, comportamentos repetitivos e dificuldades na discriminação de sensações. Por isso é importante observar o comportamento dessa criança e como ela reage aos variados estímulos, levando em conta o desconforto que ela apresenta”, explica.
“É importante também conversar com os pais, professores e profissionais da saúde para obter o máximo de informações para que esses sintomas sejam identificados precocemente e ajudar a criança e lidar com essas sensações. Realizar uma avaliação sensorial com um profissional adequado também pode ajudar a detectar essas dificuldades e elaborar estratégias que facilitem o processo de adaptação aos diversos ambientes”, finaliza Rafael.
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