Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão em crianças entre seis e 12 anos aumentou de 4,5% para 8% em uma década. Estima-se que cerca de 2% das crianças e 5% dos adolescentes sofrem no mundo por essa razão. Diante dessa realidade, pais e familiares precisam estar atentos aos sinais de alerta que a criança possa estar manifestando e evitar, desde o início, que qualquer tipo de problema se desenvolva.
De acordo com a psicóloga da Hapvida NotreDame Intermédica, Karina Siqueira, é importante observar as alterações de comportamento da criança e não confundi-las com birra ou mau humor. “A depressão infantil pode ser difícil de ser diagnosticada devido a essas questões, porém é preciso haver a compreensão por parte da família e entender que uma criança também é um ser humano que possui sentimentos negativos. Crianças sentem medo, angústias, dúvidas, por isso é essencial esse olhar humanizado e acolhedor”, explica.
“O ideal é sempre manter um espaço de comunicação aberto e acolhedor, onde não há julgamentos, brigas e discussões. É preciso mostrar para a criança que nós a respeitamos e não colocar sobre ela problemas que somente os adultos podem resolver, como questões financeiras, para que ela não se sinta na obrigação de ajudar e se sentir culpada. Tudo isso contribui para um espaço mental saudável”, orienta a psicóloga.
Karina explica que os sinais de alerta estão associados a alterações de comportamento. “Quando a criança começa a ter atitudes diferentes daquelas que estão habituadas, quando é mais agitada e passa a se retrair, quando começa a ter comportamentos agressivos, tudo isso são sinais de alerta importantes de que alguma coisa de errado pode estar acontecendo e que pode estar influenciando sua saúde mental, levando-a a passar por algum processo depressivo ou ansioso”.
Procurar ajuda psicológica e entender o que está acontecendo são atitudes que devem ser tomadas pelos pais ou responsáveis. “Muitas vezes o problema pode estar vindo da escola ou até mesmo de dentro de casa. Então é necessário investigar os lugares que a criança frequenta pra ver se está tudo bem e procurar a ajuda profissional adequada”, finaliza Karina
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