Amazônia
Hoje, 5 de setembro, é o Dia da Amazônia e muitas vozes se levantam para defender direitos e deveres relacionados ao tema. Mas, em minha opinião humilde e leiga, devíamos considerar que todo dia é dia da Amazônia, afinal, ela está, há séculos, em perigo. E, esse perigo não é só contra o imaginário que se tem especialmente da floresta amazônica. É bem mais real, é sobre a humanidade.
Mas, vale a reflexão de que a Amazônia ocupa o imaginário mundial por sua importância enquanto celeiro de biodiversidades essenciais para a sobrevivência humana, das quais derivam estudos e pesquisas, narrativas positivas e negativas sobre seu estado de conservação e muitas lendas e mitos.
Atividades exploratórias, que vão da retirada de minérios, construção de hidrelétricas, devastação das florestas, invasão dos espaços indígenas e apropriação cultural, são alguns dos fatos que não gostaríamos nunca d
e noticiar, mas fazem parte da realidade da Amazônia e do povo que nela habita, marcado por uma eterna luta por nossa sustentabilidade.
Por outro lado, existe uma atividade que, quando bem planejada e executada, traz importantes benefícios para a Amazônia. Trata-se do turismo, atividade esta que remonta ao passado de quem busca bem estar, qualidade de vida e novos conhecimentos desde a pré-história, afinal, o que fez o homem mudar sua condição de sedentário para nômade senão a busca por novas experiências a serem vivenciadas.
Mas o que devemos saber sobre a Amazônia?
A Amazônia ou Amazónia é uma região na América do Sul gentilmente banhada pela bacia do rio Amazonas, coberta em grande parte por floresta tropical ou Floresta Equatorial da Amazônia e denominada ainda, Hiléia Amazônica. É um cenário de encontro, entre o rio e a floresta, com suas histórias que narram a trajetória dos povos amazônicos, o cotidiano dos grandes centros urbanos, as tradições dos povos ribeirinhos e nativos, em sua disponibilidade de compartilhar hábitos, costumes e tradições com seus ilustres visitantes, os turista ou, sem disponibilidade, com aqueles que se apropriam indevidamente desse presente que nos é posto pela natureza.
É oportuno dizer que a Amazônia é formada em toda sua extensão territorial, por diversos países, Brasil, Venezuela, Colômbia, Guiana Francesa (pertencente à França), Peru, Equador, Suriname e Bolívia, cuja área que é de 5.500.000 km² e o Brasil o guardião de cerca de 60% de toda essa floresta amazônica internacional, o que o torna um dos maiores responsáveis pelo futuro ambiental da floresta.
Governantes sabem dessa responsabilidade, idealizam projetos, criam legislações, estabelecem acordos, mas, além do discurso está o perigo da ambição e nossos olhares devem ficar atento a esses movimentos.
A AMAZÔNIA LEGAL
A Amazônia Legal, por sua vez, é a denominação do território da floresta amazônica que está neste País e envolve nove estados brasileiros: Acre, Amapá, Pará, Amazonas, Rondônia, Roraima e parte dos estados do Mato Grosso, Tocantins e Maranhão, somando 5.217.423 km² (aproximadamente), o equivalente a 60% do território brasileiro, habitado por cerca de 55% de todos os índios do Brasil.
Esse conceito Amazônia Legal nasceu em 06 de janeiro de 1953, a partir da Lei Nº 1.806, que tinha como objetivo promover e planejar o desenvolvimento da região, na época de responsabilidade da autarquia federal chamada de SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia).
Aqui na Amazônia, como descreveu o poeta Ruy Barata, “esse rio é minha rua” e por isso mesmo nossos caminhos a serem trilhados em busca de melhorias para a Região devem considerar que a Bacia Hidrográfica Amazônica tem entre seus principais rios o Amazonas, Rio Negro, Rio Solimões, Rio Xingu, Rio Madeira, Rio Tocantins, Rio Japurá e Rio Juruá. Cada um destes rios são ruas trilhadas por milhares de vidas humanas e seres da natureza que precisa
m de cuidados, de proteção, independente do que se pensa sobre investimentos, grandes projetos, desenvolvimento e modernidade.
Há muito mais a sabermos sobre a Amazônia, especialmente sobre queimadas, derrubada das florestas, dizimação dos povos indígenas, invasão, grilagem e domínio do capital estrangeiro. Mas são temas aos especialistas. Como disse, esta é só uma opinião militante leiga.
Afinal, todo dia é dia da Amazônia!
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