MEIO AMBIENTE
A destruição da floresta avança sobre a Amazônia e na contramão dos que destroem o patrimônio ambiental a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas) emitiu 29 notificações por desmatamento ilegal, publicadas na quarta-feira (21), no Diário Oficial do Estado. As notificações correspondem a um total de mais de 1.600 hectares de área desmatada, com ocorrências verificadas nos municípios de Belém, Altamira, Santarém, Ipixuna do Pará, Alenquer, Prainha, Monte Alegre, Rurópolis, Tailândia, Itaituba, São Félix do Xingu, Novo Progresso e Tucumã.
O maior número de notificações foi registrado em Altamira e Alenquer, com cinco ocorrências em cada um deles. Entre os desmatamentos notificados, 13 foram registrados em áreas de Reserva Legal (ARL) e dois ocorreram em áreas consideradas de Preservação Permanente (APP).
Ainda assim, a situação do Pará não é nada boa. Afinal, segundo Boletim do Desmatamento, emitido pelo Imazon, quatro municípios paraenses configurando entre os 10 que mais desmataram na Amazônia em junho deste ano: Altamira, São Félix do Xingu, Novo Progresso e Itaituba, que somaram 174 km² de área desmatada. Isso significa um aumento de 51% em relação ao período de agosto de 2019 a junho de 2020.
Uma notícia esta semana preocupa ainda mais quando se pensa nos impactos desse desmatamento. Pesquisa publicada na quarta-feira (14), na revista científica Nature, liderada por uma pesquisadora do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inep), mostra que áreas da floresta Amazônica afetadas pelo desmatamento estão emitindo mais carbono do que conseguem absorver. O estudo concluiu que o principal ponto de desequilíbrio está localizado na região sudeste da Amazônia (sul do Pará e norte do Mato Grosso), devido à pressão do desmate e das queimadas.
No fluxo da prevenção, visando fortalecer a vigilância sobre o meio ambiente, o Termo de Cooperação Técnica nº 002/2021, assinado entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e o Ministério Público do Pará (MPPA) visa o monitoramento ambiental e socioeconômico, planejamento operacional e apoio técnico à fiscalização ambiental. Também prevê a troca de experiências e informações entre os órgãos, compartilhamento de dados, conhecimentos, uso de produtos e tecnologias automatizadas geradas pela Semas, com atuação no território do estado do Pará.
Por fim, uma outra boa notícia, o Governador Helder Barbalho e o secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida, acompanharam virtualmente, na sexta (16), a apresentação do Plano de Recuperação Verde (PRV) pelo Consórcio Interestadual para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal. As sugestões feitas pelo Pará estão alinhadas com o Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA), que é pautado na Fiscalização, Licenciamento e Monitoramento ambientais; Comando e Controle; Ordenamento Territorial, Fundiário e Ambiental; Desenvolvimento Socioeconômico de Baixas Emissões de GEE; Financiamento Ambiental de Longo Alcance.
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